2. Saúde
Ao recusar medidas eficazes de recrutamento e retenção de profissionais, o governo da maioria absoluta tornou o SNS um projeto a prazo, feito de espera em vez de acesso e de encerramentos em vez de garantia.
O Bloco define as condições para a salvaguarda das carreiras de Saúde e para o investimento que assegure os meios próprios do SNS, reduzindo o desperdício com o recurso a privados, reforçando os cuidados primários e resolvendo as lacunas nas áreas da saúde oral ou mental.
2.1. O SNS é vítima do desgoverno do PS
Cada vez mais pessoas sem equipa de saúde familiar, listas de espera a crescer, maternidades e urgências constantemente encerradas, um clima de conflito contra os profissionais do SNS, saúde cada vez mais cara para quem dela precisa e mais dificuldade em comprar medicamentos. Em suma: a desestruturação do serviço público de saúde, que urge parar. Temos de reconstruir um SNS de acesso universal e de qualidade.
Em apenas dois anos de maioria absoluta, o número de utentes sem médico de família aumentou 50%, ultrapassando a fasquia dos 1,7 milhões. Nos hospitais, continuou a aumentar a espera para consulta e cirurgia, apesar de os profissionais tudo terem feito para recuperar a atividade assistencial.
Em novembro de 2023, existiam mais de 258 mil pessoas a aguardar por uma cirurgia, ou seja, mais 24% do que no final de 2021. A lista de espera por uma consulta hospitalar também aumentou: no final de 2022 existiam 583 mil pedidos de consulta por realizar, mais 11% do que em 2021. Durante o ano de 2023, mais de metade das primeiras consultas foram realizadas após o tempo clinicamente aceitável (50,1%).
A isto somaram-se os constantes encerramentos de maternidades, urgências obstétricas, urgências pediátricas, urgências cirúrgicas e camas de internamento, além dos condicionamentos de várias Vias Verde AVC. Houve momentos em que estiveram 30 ou mais urgências encerradas ou com fortes constrangimentos.