Setores estratégicos como a energia, as infraestruturas, os transportes, o serviço postal ou a banca devem estar ao serviço da sociedade, isto é, sob controlo público. PS e PSD têm desbaratado, ao longo de décadas, o nosso património público e a maioria absoluta do PS apenas aprofundou essa política.
Sem controlo dos setores estratégicos, Portugal perde capacidade de intervir no preço da energia, de decidir sobre política de transportes ou de garantir um serviço postal de qualidade. Perde também, por ano, milhares de milhões de euros em dividendos que deviam ser usados para financiar políticas públicas.
O Bloco propõe a recuperação da soberania do país em áreas fundamentais, através do controlo público de empresas como a Galp, EDP, REN, ANA ou CTT. Propõe ainda a criação de instrumentos de reforço da propriedade e intervenção públicas no sistema bancário.
Ao longo das últimas décadas, PS e PSD têm desbaratado o património público. Vendem empresas estratégicas e lucrativas em negócios ruinosos para o Estado e que retiram capacidade de intervenção em áreas chave como a energia, transportes, infraestruturas ou serviço postal. Noutras áreas, como o caso da banca, utilizaram milhares de milhões de euros dos contribuintes para resgatar bancos e entregá-los, limpos e baratos, aos mesmos que criaram as crises financeiras.
Para termos uma economia promotora de justiça social, os setores estratégicos, onde não há efetiva concorrência e que representam um interesse soberano, não podem estar nas mãos dos privados (ou de Estados estrangeiros). Têm de ser controlados pelo Estado português. É por isso que o Bloco de Esquerda defende a nacionalização das empresas estratégicas. Só assim é possível controlar e regular os preços da energia, definir uma política nacional de transportes e de infraestruturas, voltar a dar qualidade aos CTT, disciplinar a atividade da banca.