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13.1.1. Crise nos cuidados à velhice

Portugal é um dos países mais envelhecidos do mundo. No ano de 2021, 23,6% da sua população tinha mais de 65 anos de idade, o que torna urgente a adoção de políticas públicas eficazes a enfrentar o combate ao isolamento e solidão, bem como a diminuir a taxa de risco de pobreza deste grupo geracional, sendo que as mulheres se encontram entre as mais atingidas por este flagelo.

GRÁFICO 53 – Pirâmide etária em Portugal, 2011 – 2021
Fonte: INE, Estatísticas demográficas, 31 de março de 2023

Portugal tem, no entanto, uma taxa de cobertura de respostas sociais para este grupo etário bastante reduzida: menos de 13% dos idosos têm acesso a apoio de profissionais, seja apoio domiciliário, seja apoio institucional (centros de dia e lares). A despesa pública em cuidados de longa duração é muito limitada: 0,4% do PIB, quando em países do norte da Europa, por exemplo, é dez vezes mais.

GRÁFICO 54 – Acesso a cuidados pessoas idosas
Fonte: INE, Estimativas Ad Hoc de População Residente 2021 GEP-MTSSS, Carta Social

Apesar do crescimento, a rede de cuidados continuados não tem mais de 16,5 mil vagas, e apenas 2% da oferta é pública, sendo que em algumas tipologias, não há nenhuma resposta pública, mas sim uma parte comparticipada pelo Estado. Este número de vagas está muito aquém das necessidades. O tempo necessário para conseguir acesso, cria desespero em milhares de pessoas que se vêem sem solução para os seus familiares.

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